Entrevista a João Teixeira - vencedor do Prémio APREN 2017

1 - Que razões o levaram a realizar uma tese na área das energias renováveis?

Para ser sincero não existiu nenhuma razão em específico, mas sim um conjunto de ideias e perspetivas que me levaram a tal. Simplesmente, durante o meu percurso académico, sempre que tive a hipótese de escolher o tema a estudar, optei por um caminho que ainda não tivesse explorado. Neste caso ainda mais interessante foi, pois consegui abordar o tema das energias renováveis, que ainda não tinha explorado em nenhuma disciplina, com temas de uma unidade curricular que me fascinou imenso: Mercados de Eletricidade. É verdade que existiam mais temas relacionados com energias renováveis, no entanto nenhum deles explorava a componente de mercados de eletricidade já referida, e o facto de o orientador desta dissertação ser o Professor Doutro João Tomé Saraiva também teve um peso importante na minha escolha.


2 - Quais são as suas ambições em termos profissionais?
Esta questão é interessante, pois se me perguntasse antes da realização da dissertação, eu imediatamente lhe responderia que gostaria de trabalhar em algo relacionado com projetos elétricos ou em algum ramo que me permitisse trabalhar em equipa e com desenvolvimento de projetos de qualquer especialidade, sejam eles elétricos, de energias renováveis ou outros. No entanto, após ter realizado a dissertação, digamos que ganhei o gosto do estudo de mercados de eletricidade e de todos os processos de negociação e previsão que lhes estão inerentes. Assim, neste momento posso afirmar que me vejo a trabalhar nessa área também.

 

3 - Como soube da existência do Prémio APREN?
O Prémio APREN foi-me divulgado pelo meu orientador da dissertação, o Professor Dr. João Tomé Saraiva, a quem desde já agradeço. Fez questão de se lembrar de mim no momento em que soube da iniciativa e afirmou que a minha dissertação tinha potencial para o evento. Não só pelo tema em si, que se adequava à iniciativa da APREN, mas também pelo excelente trabalho desenvolvido, que já tinha culminado numa ótima avaliação na faculdade.

 

4 - O que o levou a concorrer?
Após conhecimento do Prémio, a decisão foi imediata. Penso que qualquer pessoa deseja ver o seu trabalho reconhecido caso seja possível, principalmente quando dedica cerca de 6 meses à realização do mesmo. Para além de que, independentemente de pensar que poderia ganhar ou não o prémio, com a minha inscrição no concurso era automática a presença na conferência, pelo que não existiam aspetos negativos. A presença neste tipo de eventos é sempre uma experiência positiva, principalmente para um estudante que vai entrar em breve no mercado de trabalho. 


5 - Que mensagem gostaria de deixar a quem estiver indeciso em participar na edição de 2018?
A mensagem que gostaria de deixar é que independentemente de pensarem que o tema da vossa dissertação não se adequa ao propósito do Prémio, que o trabalho não é inovador ou outro motivo qualquer, esqueçam todas essas ideias e inscrevam-se na mesma. Não têm nada a perder e pode haver sempre alguma surpresa e o júri achar interessante o vosso trabalho, possibilitando-vos uma hipótese de participar na conferência ou até mesmo de ganhar. E como já referi, a conferência é interessante e enriquecedora a todos os níveis, pelo que recomendo vivamente a qualquer estudante que realize a dissertação no âmbito das energias renováveis no ano de 2018 a participar na próxima edição.