Entrevista a Gabriel Maciel, vencedor na categoria de Mestrado

1 - Que razões o levaram a realizar uma tese na área das energias renováveis?

 

Quando ingressei no mestrado integrado em engenharia mecânica no Instituto Superior Técnico (IST), sempre tive a ideia de poder especializar-me na área de projeto e dimensionamento de estruturas mecânicas. De facto, o IST possibilita a escolha entre três áreas de especialização: Produção, Energia e Sistemas. Eu optei pela primeira. Contudo, sempre me interessei pela área das energias renováveis e por isso quando escolhi o tema de tese procurei que este estivesse relacionado com as áreas de projeto e das energias renováveis. Em conversa com o Professor Luís Reis e o Engenheiro Mário Vieira (ambos do IST), soube que havia a possibilidade de desenvolver e projetar mecanicamente uma fundação inovadora para uma turbina eólica offshore. Na realidade, não hesitei e acordei com ambos fazer tese nessa temática, uma vez que conseguia juntar dois grandes domínios da engenharia.
 
2 - Quais são as suas ambições em termos profissionais?

 

O facto de ter desenvolvido a minha dissertação na área da energia eólica levou-me a querer trabalhar nesta indústria. Neste momento encontro-me a trabalhar como “Load Engineer” na Vestas Wind Systems A/S, líder mundial do setor eólico, no centro de desenvolvimento e inovação de engenharia que existe na cidade do Porto desde 2017. Faço, por isso, parte da multicultural equipa da Vestas que em Portugal se encontra a desenvolver as turbinas eólicas do futuro. Vejo-me a trabalhar na indústria eólica por mais alguns anos, uma vez que as perspectivas de crescimento são bastante promissoras.
 
3 - Como soube da existência do Prémio APREN?

 

Um dos meus orientadores de tese, o engenheiro Mário Vieira, informou-me da existência do prémio APREN. Tendo em conta que a minha dissertação possuía um caráter inovador na área das energias renováveis bastante evidente, fui desde logo informado pelos meus orientadores que havia potencial para ficar bem classificado.
 
4 - O que o levou a concorrer?

 

Quando fui pesquisar um pouco mais sobre a inciativa levada a cabo pela APREN fiquei a perceber que a minha dissertação se enquadrava bastante bem nos requisitos necessários para a inscrição. Os meus pais e irmãos tiveram também uma boa cota de responsabilidade na minha participação, pois foi com eles que me aconselhei no momento da inscrição. Com a participação no prémio APREN sabia ainda que o meu trabalho seria colocado em exibição no local da conferência APREN 2018, o que permitiria divulgar a fundação por mim desenvolvida. Adicionalmente, estar presente, pela primeira vez, numa conferência bastante importante no panorama energético português, pareceu-me um marco notável.
 
5 - Que mensagem gostaria de deixar a quem estiver a ponderar concorrer à edição de 2019?

 

Com a minha participação no prémio APREN consegui conhecer pessoas novas, fazer uma boa rede de contatos profissionais e aprender sobre as futuras tendências do mercado das energias renováveis. O facto de ter sido o vencedor do prémio APREN deu-me ainda a oportunidade de discursar perante uma plateia de centenas de pessoas. Posso garantir que foi um acontecimento único e inesquecível. Levarei os vinte minutos passados no palco da conferência para o resto da minha vida. Foi, por isso, uma experiência enriquecedora a todos os níveis. Recomendo a todos os alunos universitários que fizeram a tese no âmbito da temática da eletricidade de origem renovável a concorrerem ao prémio APREN.