Dia do Vento 2017

A APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis e a Senvion assinalaram o Dia do Vento com a exposição ao público de uma pá de uma turbina eólica, em Lisboa. A pá esteve exposta de 15 a 18 de junho no Parque das Nações (junto ao Pavilhão MEO Arena) e houve atividades didáticas para crianças na temática das energias renováveis. 

 

Com esta iniciativa – apoiada pela Junta de Freguesia do Parque das Nações, LASO, Lisboa E-Nova e Ria Blades, uma empresa do grupo Senvion – pretendeu-se divulgar e sensibilizar a população para a problemática das questões ambientais e a importância do setor eólico em Portugal. O evento decorreu todos os dias entre as 10h e as 18h.

 

A Senvion, detentora de uma fábrica de pás de turbinas eólicas em Vagos, cedeu uma pá de 40 metros de comprimento que foi transportada até Lisboa pela LASO, empresa especializada em transporte de pás de aerogeradores. Esta pá, devido às suas dimensões, é a que se torna viável trazer até ao centro de Lisboa através de um percurso citadino densamente urbanizado (os aerogeradores instalados habitualmente em cumes percorrem zonas de ambiente montanhoso). Atualmente fabricam-se pás de mais de 70 metros de comprimento em Portugal (mais do que a largura de um campo de futebol). 

 

O Dia do Vento celebra-se anualmente a 15 de junho, desde 2007. Foi criado pela Wind Europe Association, com o intuito de alertar para o grande potencial do vento como recurso de produção de eletricidade renovável. Este ano, a APREN pretendeu alargar o horizonte desta iniciativa para o público em geral. 

 

A energia eólica em Portugal 

 

Em Portugal, desde o ano 2000 que se verifica um crescimento contínuo da tecnologia eólica, motivado por uma aposta estratégica da política europeia e nacional nos recursos endógenos e renováveis tendo em vista a diversificação das fontes, a melhoria da segurança de abastecimento, a redução da dependência energética e o combate às alterações climáticas. 

 

Assim, passados mais de 15 anos, a energia eólica tornou-se um recurso marcante no mix elétrico nacional, contribuindo de forma determinante para que as fontes de energia renovável tenham passado a ter uma expressão superior à geração a partir de combustíveis fósseis. Em 2016, a eletricidade gerada por origem eólica correspondeu a 23,5% do consumo elétrico do País, induzindo poupanças no setor que em média rondam os 2300 milhões de euros (fonte: OMIE, ERSE, REN; análise APREN). 

 

O setor eólico tem contribuído de forma determinante para a economia do País, graças ao desenvolvimento do cluster industrial e de serviços através de empresas nacionais e internacionais a operar no país. Esta realidade tem contribuído ainda positivamente para a geração de emprego nacional direto e indireto, para a incorporação nacional com rácios de cerca de 90% nas centrais eólicas em Portugal e para a exportação de equipamentos, num volume anual superior a 300 M€ e com um rácio de exportação superior a 75%.