Estudo sobre o Impacto da eletricidade de origem renovável

Estudo sobre renováveis:

Só em 2022, pouparam até 1.600 euros na eletricidade a consumidores domésticos (cerca de 133 euros por mês), e contribuíram com 3,7 mil milhões para o PIB. Em 2030, impacto será de 17 mil milhões.

 

  • Estudo indica que a produção de eletricidade a partir de Fontes de Energia Renovável (FER) teve um impacto líquido positivo de cerca de cerca de 17,1 mil milhões de euros no período 2018 – 2022, dos quais 13 mil milhões dizem respeito a 2022;
  • Só em 2022, as FER geraram poupanças anuais na fatura da eletricidade, em média, de até cerca de 1.600 euros para um consumidor doméstico e de até 160.000 euros para um consumidor não-doméstico;
  • A contribuição acumulada das FER para o PIB superou os 19 mil milhões de euros de 2018 a 2022 – uma média de 3,9 mil milhões de euros por ano. Em 2030, as renováveis serão responsáveis por 5,9% do PIB, o que equivale a 17 mil milhões de euros;
  • Neste período, o investimento privado direto nos centros electroprodutores com base em FER registou uma média anual de cerca de 921 milhões de euros. Perspetiva-se que, até 2030, o investimento privado acumulado seja de 32 mil milhões de euros, com um acréscimo de 3,7 mil milhões para alcançar as metas de armazenamento e eletrólise;
  • Entre 2018 e 2022, as FER geraram uma média de 50 mil empregos anualmente, com um valor acrescentado por colaborador médio cerca de duas vezes superior à média nacional;
  • Entre 2018 e 2022, o Estado Português arrecadou, numa média anual, cerca de 232 milhões de euros de IRC, que chegará a 1,1 mil milhões de euros em 2030;
  • No período de 2022 a 2030, o setor represente cerca de 13 mil milhões de euros de contribuições acumuladas para o IRS
  • A contribuição para a Segurança Social, de 494 milhões de euros em 2022, chegará aos 2,9 mil milhões em 2030;
  • Em 2022, os electroprodutores tiveram uma contribuição líquida de cerca de 279 milhões de euros para o IVA, sendo expectável que o valor anual ascenda a cerca 2 mil milhões de euros em 2030;
  • Entre 2018 e 2022, as FER permitiram poupar aproximadamente 13,2 mil milhões de euros em importações de carvão e gás natural.

 

Foi apresentado hoje o Estudo sobre o Impacto da Eletricidade de Origem Renovável, uma análise da consultora Deloitte para a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), num evento que contou com a participação da Secretária de Estado da Energia e Clima, Ana Fontoura Gouveia, e do Presidente da Direção da APREN, Pedro Amaral Jorge.

 

O estudo apresentado avaliou o impacto e a contribuição, entre 2018 e 2022, da eletricidade de origem renovável na fatura dos consumidores, no sistema elétrico e na economia nacional. De igual forma, projetou também os seus efeitos no contexto da política energética e objetivos estabelecidos na proposta de Plano Nacional de Energia e Clima para Portugal até 2030, apresentada pelo Governo Português à Comissão Europeia este ano.

 

O estudo analisa, assim, a relevância alcançada pelo setor e o impacto das Fontes de Energia Renovável (FER) nas seguintes dimensões:

  • Fatura dos consumidores de eletricidade;
  • Socioeconómica;
  • Fiscal;
  • Emprego;
  • Ambiental;
  • Dependência energética;
  • Mercado de eletricidade.

 

Além dos pontos mencionados, o estudo visa também determinar o impacto fortemente positivo que a produção de eletricidade com base em Fontes de Energia Renovável (FER) teve no preço suportado pelo consumidor em 2022.

Estudo sobre o impacto da eletricidade de origem renovável