Parques Eólicos em Portugal - 2024

Dia Mundial do Vento

Produção de energia eólica em Portugal aumentou em 2024, mas faltam novos projetos para atingir metas

 

Novo relatório conjunto da APREN e do INEGI mostra que cerca de metade da nova capacidade instalada em 2024 resulta apenas de reequipamentos.

 

No Dia Mundial do Vento, a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis e o INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial divulgaram o novo relatório “Parques Eólicos em Portugal”, desenvolvido no âmbito do projeto conjunto e2p – Energia Endógena Portugal, que atualiza os dados sobre a evolução da energia eólica no país. Os resultados mostram que, apesar de um ligeiro crescimento da capacidade instalada, Portugal continua aquém do necessário para alcançar as metas definidas no Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030).

 

De acordo com este relatório, Portugal tinha, no final de 2024, 2879 aerogeradores espalhados por todo o território, a produzir o equivalente a mais de um quarto da eletricidade consumida no país (27,5%). A esmagadora maioria destes equipamentos localiza-se no Continente, sendo que Viseu é o distrito com maior potência instalada de energia eólica.

 

O relatório compara também a capacidade instalada nacional com a dos países europeus analisados. Portugal ocupa o 10.º lugar com maior potência eólica. Encabeça esta lista a Alemanha, com 72,7 GW.

 

Em 2024, foram produzidos 14,1 TWh de origem eólica onshore, mais 9% face a 2023. A expansão da energia eólica depende, sobretudo, de intervenções em parques já existentes, nomeadamente reequipamentos.

 

Para a APREN, nos números relevados, fica plasmado um cenário preocupante: a expansão da energia eólica em Portugal continua a depender sobretudo de intervenções em parques já existentes, nomeadamente reequipamentos, em vez da instalação de novos parques.

 

Em 2024, foram instalados pouco mais de 70 MW de nova capacidade eólica, dos quais cerca de metade corresponde a projetos de sobreequipamento — ou seja, a atualização de equipamentos em parques já existentes. A restante nova potência representa um esforço insuficiente para que o país consiga atingir os 10,4 GW de eólica onshore e os 2 GW offshore previstos para 2030.

 

O relatório estará disponível abaixo.

Parques Eólicos em Portugal - 2024